Isso foi no ano de mil novecentos e sessenta, aproximadamente. Atividades encerradas em estações ferroviárias de municípios do interior do estado do Rio Grande do Sul.


Assim, eu, com 11 anos, e meu pai ferroviário, transferido para esta sesmaria santa, Santa Maria da Boca do Monte, aqui, finquei raízes fortes para a concretização dos meus sonhos de menina, que não sabia nem o que era uma avenida. Eram outros tempos... O despertar da jovem-criança com esperanças mil de um futuro promissor. Muita expectativa em conhecer uma cidade grande, suas avenidas, praças, a Catedral e o Santuário da Mãe Medianeira. E, lá se foram sessenta e três anos!

Depois, em tempos de pandemia, tempos de estresse coletivo... tantos ventos irregulares! Tantas tempestades! Tantas tribulações!


Nestes tempos de agora: tempos gloriosos de coroação da nossa Mãe Medianeira, Rainha do Rio Grande do Sul! A ela devo quase tudo o que sou, todas as minhas vitórias e lições de vida. Ela está sempre ao meu lado, ou à minha frente, atendendo minhas preces. Também tempos de Feiras do Livro de Porto Alegre e de Cruz Alta; participação em lançamentos e atividades literárias em ambas; ENART 2024 em Santa Cruz do Sul, para a qual obtive meu passaporte com a classificação na Inter-regional do ENART em Cacequi.


Minha última competição no ENART foi em 2005, representando esta mesma entidade, DT QUERÊNCIA DAS DORES, oportunidade em que fiquei em quinto lugar no Estado. Foi deveras emocionante rever os irmãos da arte, que continuaram, ou estão voltando a declamar novamente.


São motivos de transbordar emoções! Gratidão à Nossa Mãe Rainha do Rio Grande do Sul pelo fato de, aos setenta e três anos, estar gozando boa saúde e muito entusiasmo para toda essa maravilhosa e emocionante maratona cultural. Gratidão imensa a todos os gaúchos e prendas que cultuam as tradições de forma espontânea, com amor e autenticidade. Tradição na mais pura essência! Tradição no seu apogeu!

 

Poesia:

É tempo de renascimento

É tempo de acordar...
Acordar dentro de si,
Acordar para o outro,
Acordar para a vida.

É tempo de revisão...
Das lições diárias,
“Já que viver é a lição de casa
Que trazemos.”
(Fragmentos de um poema
De Mario Quintana)

Momentos de revisar, questionando
Resultados deste viver.
É hora de renascer
Para a felicidade, enxergando a luz
Onde há incompreensão,
Que eu leve a compreensão,
E gratidão, onde persiste a ingratidão.

É tempo de enxergar o céu sempre estrelado
Iluminando as famílias,
Mesmo diante de um céu acinzentado.
É tempo de renascimento!



Por: Lourdes Morales Dallacosta

Lourdes é uma escritora formada em Letras/Português. Radialista e ativista cultural, ela integra diferentes instituições literárias. É autora dos Livros “Mulheres Alfa” e “Aventureiros”.