Com a intenção de me preparar para esta escrita, questionei algumas mães, perguntando-lhes o que desejavam ganhar no “seu dia”. As respostas surpreenderam, primeiramente pela velocidade com que chegaram e depois pela sua diversidade:
• Um dia lindo de sol em que eu pudesse acordar com meus
filhos me enchendo de beijos e abraços, com um delicioso café
da manhã feito por eles.
• Frases como: “escolheria você sempre pra ser minha mãe”,
“Mãe preciso de você, pode me ajudar?” e “Mãe, você é especial
pra mim”.
• Um bilhetinho, uma cartinha escrita à mão (afinal, hoje está
tudo muito tecnológico!!!)
• Ser considerada, pela filha, a sua verdadeira amiga e
conselheira.
• Flexibilidade nos horários de trabalho.
• Um tempo a sós com a família em algum lugar, para nos
divertirmos, sem pensar em mais nada.
• Um almoço em família muito abraços, beijos.
• Liberdade financeira para não precisar dizer tantos “nãos”
aos meus filhos.
• Um carro novo ou uma cirurgia plástica ou uma viagem
comigo mesma!
• Sessões de Pilates por um ano, para ter mais flexibilidade e
força para cuidar do meu filho que é especial e demanda força.
• Voltar a ter saúde estável e “fôlego” para curtir a vida com
a minha filha, poder me planejar e aproveitar os momentos
especiais com a família.
• Licença parental. Igualdade de licença laboral pós-nascimento
do filho, entre homens e mulheres. Isso muda tudo.
• Um dia de aventuras com a filha! Ir a um parque, ou no
fliperama, cinema, estrear algum jogo novo... Enfim, um tempo
à sós seria um baita presente!
• “Eu te amo” e um abraço muito apertado! Queria ver o sorriso
deles todos os dias!
• Um abraço bem apertado e um almoço em família é o que
sempre peço.
• Algo criado pelo filho, como pintura, desenho ou escultura
de argila.
• Eu quero aprender a brincar com meu filho do que ele gosta.
• Reconhecimento diário do papel de mãe e não ser julgada
por estar sempre atenta aos cuidados dos filhos. Ter uma mão
amiga (ou várias) que possam ajudar e aliviar a sobrecarga e
que cada fase dos nossos filhos seja vivenciada com a profundez
que merece. Que o crescimento deles represente nosso
envelhecimento e isso seja entendido como natural da vida. E
que nossas ações fiquem guardadas no coração deles.
Diante de tantos pedidos, que bem poderiam constituir uma lista universal de direitos das mães, concluí que o meu presente
é invisível. Não está em vitrines e não virá dos filhos nem do marido, mas de mim. São minhas reais necessidades e desejos como mãe e mulher que quero reconhecer, acolher e aprender a comunicá-las. E você, já sabe o que precisa para viver bem a experiência de ser mãe? Fica aqui uma provocação para pensar sobre isso, afinal, o seu presente pode até ser invisível, mas você, jamais!