Saiba como evitar para o patrimônio construído ao longo da vida se torne motivo de disputa entre os herdeiros.

Ao longo da vida, dedicamos tempo, esforço e estratégia para construir um patrimônio sólido: imóveis, empresas, investimentos, tudo edificado com cuidado e dedicação. Mas há um detalhe que, muitas vezes, é negligenciado: o que acontecerá com esse patrimônio após a sua ausência?
A resposta, embora desconfortável, é urgente. A ausência de um planejamento sucessório pode transformar uma história de sucesso em um cenário de litígios, desgaste emocional e dilapidação do patrimônio familiar.
Falar sobre herança é um assunto delicado, e muitas famílias o evitam.
No entanto, a falta de planejamento pode custar caro. É comum vermos herdeiros que deixam de se falar, disputas por bens com valor sentimental, empresas familiares paralisadas, e até mesmo fechadas, por indefinição societária.
Esses conflitos não são exceção, são a regra quando não há planejamento. E engana-se quem acredita que o planejamento patrimonial é apenas para quem possui milhões em bens. A verdade é que, se você tem um imóvel, um pequeno negócio ou investimentos e pretende deixar algo para seus filhos ou herdeiros no futuro, precisa pensar no seu planejamento sucessório.
Aliado a tudo isso, temos um cenário jurídico em constante mudança, seja no campo tributário, seja no próprio Código Civil, o que pode afetar significativamente as questões sucessórias.
O Direito oferece caminhos seguros e estratégicos para quem deseja garantir que o patrimônio seja repassado de forma organizada, pacífica e eficiente. Existem diversos instrumentos que, quando bem combinados, podem trazer um grande benefício: a paz.
Utilizando, de forma estratégica e personalizada, a doação, o testamento, os pactos ou até mesmo a criação de uma holding, é possível garantir a continuidade do patrimônio. Além disso, manter uma comunicação aberta e clara entre todos os herdeiros auxilia na resolução de questões patrimoniais.
Não planejar é, na prática, abrir espaço para conflitos, além de custos elevados, insegurança jurídica e processos que podem se arrastar por anos.
A falta de planejamento pode comprometer laços familiares que levaram uma vida inteira para serem construídos. Mais do que evitar conflitos, planejar a sucessão é um gesto de responsabilidade e carinho. É garantir que a herança deixada seja motivo de união, e não de separação. É oferecer aos herdeiros a segurança de poder continuar a história sem desentendimentos ou incertezas.
POR:
CATHERINE PADOIN
@catherinepadoin
OAB: 120.289
ESPECIALIZAÇÃO NAS ÁREAS DO DIREITO DAS SUCESSÕES, DIREITO IMOBILIÁRIO E DIREITO BANCÁRIO
catherinepadoinadvocacia.com.br