O câncer de mama é uma doença multifatorial e, portanto, não pode ser completamente evitada. No entanto, a detecção precoce pode mudar a história natural da doença, aumentando as chances de cura para até 95% e diminuindo a probabilidade de tratamentos mais agressivos.


A mamografia é o exame padrão para o rastreamento da doença e é capaz de detectar o câncer em sua manifestação mais precoce. Contudo, sabemos que a mamografia não consegue identificar todos os cânceres, especialmente em mamas densas, quando a avaliação deve ser complementada com ultrassom das mamas. Dependendo dos achados dos exames convencionais e/ou dos fatores de risco individuais de cada paciente, outras avaliações, como a ressonância magnética das mamas, podem ser recomendadas.


A partir dos 30 anos, as mulheres devem ser incentivadas a conhecer seus riscos individuais para a doença, o que pode modificar as estratégias de prevenção. Adotar hábitos saudáveis, como controlar o peso, praticar exercícios físicos, não fumar, reduzir a ingestão de álcool e conhecer seus fatores de risco familiares, ajuda na prevenção.


Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, para a população em geral, com risco médio populacional (ou seja, não alto risco), a recomendação é iniciar a mamografia a partir dos 40 anos de idade, com frequência anual, e mantê-la enquanto a paciente tiver boa saúde (expectativa de vida superior a sete anos).


Recomenda-se o autoconhecimento das mamas, com observação visual e uso de hidratantes locais, como método auxiliar na vigilância. Caso ocorra alguma modificação no padrão habitual, a paciente deve buscar a avaliação e orientação do seu médico pessoal. O autoexame das mamas NÃO substitui a mamografia nem o acompanhamento de rotina.


Lembre-se: o cuidado com a saúde das mamas deve ocorrer ao longo de todo o ano, e quanto antes começarmos, melhor!


Por Sabrina Ribas Freitas @dra_sabrina_masto