Identificar a causa da queda é muito importante para que se inicie o tratamento correto, a fim de que se estabilize o problema ou, na maioria dos casos, para que consigamos recuperar a área atingida. No que se refere a este assunto, o que é a tão falada alopecia capilar? Alopecia é ausência, rarefação (os fios se tornam menos numerosos) ou a queda, transitória ou definitiva, dos cabelos ou dos pelos, podendo ocorrer de forma local, regional ou total.

O ciclo capilar é marcado por fases de crescimento, repouso e queda. Por volta de 90% dos nossos cabelos estão na fase de crescimento; depois de um curto período de repouso, em que para de crescer, o fio cai e, no seu lugar, um novo fio entra na fase de crescimento. Por isso, uma pessoa pode perder entre 50 a 100 fios de cabelo todos os dias, sem risco de desenvolver calvície, em função desse processo de renovação contínua.

 A duração média de um fio de cabelo, do nascimento até a queda, é em torno de sete anos, e isso é determinado geneticamente. Existem vários tipos de alopecias: a calvície, alopecia areata, alopecia frontal fibrosante, líquen plano pilar são as mais comuns. Essas alopecias se diferenciam, entre si, nas causas, sintomas e prognósticos.

Desse modo, o diagnóstico preciso de cada alopecia é que orientará o médico dermatologista no tratamento mais adequado. A calvície é uma condição genética que afeta mais os homens, pois a queda dos cabelos está diretamente associada à presença dos hormônios sexuais masculinos, de modo especial à presença da testosterona. As mulheres também produzem esse hormônio, mas em quantidade menor, por isso a calvície feminina, na maioria das vezes, é menos pronunciada que a masculina. Além disso, o padrão da calvície feminina e masculina são diferentes.

A calvície masculina se caracteriza pela perda localizada em topo de cabeça, poupando as laterais e a nuca; já a feminina afeta difusamente todo o couro cabeludo. Ambos os casos promovem o enfraquecimento dos folículos (bulbos) capilares, fazendo os fios nascerem cada vez mais finos até promovendo a atrofia total do folículo. Os tratamentos agem para barrar a evolução da doença e, em casos iniciais, conseguem até engrossar alguns fios. Em casos de atrofia de folículos (área sem cabelo), o único tratamento é o transplante capilar. Já as alopecias areatas são doenças autoimunes de origem ainda desconhecidas. Nesse caso, ocorre a queda de cabelo sem a morte dos folículos, sendo reversíveis em quase a totalidade dos casos. As alopecias areatas podem se apresentar em placas localizadas, chamada de alopecia areata em placas. Ainda, podem se apresentar difusamente, alopecia areata difusa; alopecia areata totalis, em que se perde todo o cabelo, ou ainda a denominada universal, em que se perde todos os cabelos e pelos do corpo. As alopecias frontal fibrosante e líquen plano pilar são uma condição em que existe a destruição do folículo piloso, sendo irreversíveis, de difícil controle e com um prognóstico ruim.


A PERDA DOS CABELOS PODE, AINDA, TER COMO CAUSAS:

 Infecções provocadas por fungos ou bactérias; Traumas na região capilar; Hábitos compulsivos de arrancar os próprios fios de uma determinada área, como cabeça, sobrancelhas ou barba (tricotilomania); Aplicação exagerada de produtos químicos; Distúrbios da tireoide; Má alimentação e carência de vitaminas; Medicamentos; Estresse.

Após cirurgias e partos, bem como durante o tratamento de quimioterapia, a perda de cabelo pode ser mais intensa, porém, passageira. Essa é uma pequena amostra das inúmeras alopecias existentes. Para fazer um diagnóstico preciso, é necessário um profissional médico especialista nesta área, o qual fará um exame físico detalhado com tricoscopia, exames laboratoriais e biópsia de couro cabeludo. Já que, para cada tipo de alopecia, existe um tratamento e acompanhamentos específicos, um diagnóstico incompleto ou um tratamento equivocado podem determinar uma perda capilar irreversível.


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POR: JAQUELINE MASLONEK