Chegou o mês de exaltar o amor: as vitrines ficam cheias de corações, o romantismo pulsa através das ofertas, a vida real abre espaço para declarações e fotos com sorrisos inabaláveis nas redes sociais. E, no meio desse bombardeio, você consegue olhar, de verdade, para a sua relação?

Não tenho intenção de fomentar a discussão sobre o comportamento do mundo capitalista, até porque acredito que sempre é tempo de celebrar o amor. O ponto aqui é entender que tipo de relação estamos, de fato, vivendo e como os tempos modernos podem impactar no que acontece dentro da nossa casa.

Estamos 100% conectados, e sei que isso já não é novidade para ninguém. O que talvez muita gente não saiba é que pesquisas apontam que o tempo que ficamos conectados está diretamente ligado à insatisfação nos relacionamentos ou com o próprio corpo. O uso excessivo das redes sociais cria uma visão editada da ‘grama’ do vizinho – lá onde tudo parece melhor, mais bonito, mais perfeito – e, de tanto espiar por cima do muro, ganhamos de presente o combo: ansiedade, inquietação e atenção flutuante. Infelizmente, viramos uma geração com mais impulsividade, distorções dos modelos de beleza, com mais transtornos emocionais.

Vou trazer dados científicos para essa conversa porque eles podem mudar a forma de você ver os relacionamentos, inclusive o seu:

* Pessoas que vivem em casamentos infelizes têm 35% mais chances de ficar doentes por ano e, acredite, 4 anos a menos na expectativa de vida!! Leia essa frase de novo.
* A expectativa do IBGE é que, em 10 anos, tenhamos mais pessoas separando do que se casando.
* Casamentos que se mantém com alto grau de satisfação, a vida inteira, são de pessoas que se consideram muito amigas!
E este último dado foi comprovado cientificamente: relacionamentos saudáveis nos afastam da solidão, deixam-nos mais próximos da felicidade e têm ligação direta com a longevidade e o bem-estar das pessoas.

Quantidade é tão importante quanto qualidade quando falamos em tempo de interação com o ser amado, o aumento de toque e olho no olho melhoram as relações interpessoais – sejam elas com seus pais, seus filhos, seus amigos ou seu amor.

O afeto positivo, que nada mais é do que situações felizes no relacionamento, cria uma ‘conta bancária’ para suportarmos os momentos ruins que possam surgir.
Ernest Hemingway estava certo: “Quem está na trincheira ao seu lado?
- E isso importa? - Mais do que a própria guerra.”

O amor é colaborativo. O relacionamento do futuro precisa nutrir a sua alma.
E você precisa construir essa história, hoje, com amor e dedicação.