Refletir sobre o que fazemos e por que fazemos, no processo de criação dos filhos, é fundamental. São muitas as variáveis que influenciam essa jornada: os valores que desejamos transmitir, nossa capacidade de lidar com nossos traumas, a personalidade da criança, o tempo livre que dispomos, a sintonia (ou falta dela) com o(a) parceiro(a), a interferência de terceiros e a nossa disposição em aprender com pessoas mais experientes, entre outros fatores.

A seguir, proponho um teste para refletirmos sobre nossas atitudes nesta linda e desafiadora missão de criar filhos. Ao responder, não procure a alternativa "correta", mas sim a que melhor reflete a sua maneira de agir. Se você tem mais de uma criança, repita o teste para cada uma delas.

SOBRE A COMUNICAÇÃO E O AFETO

Como você reage quando a criança comete um erro?

a) Dou bronca imediatamente para corrigir o erro.

b) Converso para entender o que aconteceu e oriento.

c) Ignoro, porque prefiro não criar conflito.

d) Crítico e, depois, compenso com algo positivo.

Você costuma elogiar sua criança?

a) Raramente, só quando faz algo excepcional.

b) Frequentemente, por esforço e conquistas.

d) Sim, mas muitas vezes de maneira exagerada.

SOBRE O ESTABELECIMENTO DE LIMITES

Como você age quando a criança pede algo que não é apropriado?

a) Recuso de forma firme, explicando os motivos.

b) Converso e, dependendo do caso, chegamos a um acordo.

c) Geralmente dou o que ela quer para evitar conflitos.

d) Depende do meu humor.

Qual é a sua postura em relação às regras na sua casa?

a) Sou rigoroso(a), pois regras são para serem seguidas.

b) Estabeleço regras, mas sou flexível dependendo da situação.

c) Evito criar regras rígidas.

d) As regras mudam frequentemente.

SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES

Como você reage quando a criança está diante de um problema?

a) Normalmente resolvo por ela, para facilitar.

b) Encorajo-a a tentar primeiro e ofereço apoio, se necessário.

c) Não interfiro, acho que ela descobrirá a solução sozinha.

d) Faço questão de resolver junto para garantir o resultado.

Qual é a sua atitude diante das responsabilidades da criança?

a) Faço grande parte das coisas por ela.

b) Delego tarefas que considero adequadas para sua idade.

c) Deixo que ela decida se quer ou não ajudar.

d) Cobro constantemente para que ela faça tudo perfeitamente.

SOBRE O TEMPO QUE VOCÊ DEDICA À CRIANÇA

Quanto tempo por dia você passa com sua criança sem distrações (ex.: celular, TV)?

a) Pouco, a rotina não permite.

b) Dedico momentos específicos de qualidade.

c) Praticamente nenhum.

d) Depende do dia, não é algo planejado.

Como você participa das atividades do seu filho (escola, esportes, hobbies)?

a) Apenas quando sou convocado(a).

b) Sempre que posso, faço questão de estar presente.

c) Muito raramente, por falta de tempo.

d) Me envolvo ocasionalmente, quando o assunto me interessa.

Muito bem! Agora, você deve estar curioso(a) para saber qual é o seu estilo de parentalidade. Antes, porém, saiba que o mais importante foi a sua iniciativa em refletir sobre suas ações e se dedicar a entender melhor o processo de criação dos filhos.

Resultados:

• Maioria de respostas A:

Você valoriza a disciplina, as regras rígidas e o respeito por meio da obediência. Contudo, isso pode dificultar a criação de um vínculo emocional mais profundo e inibir a criança na expressão de sentimentos e opiniões. Sugiro buscar um equilíbrio entre firmeza e empatia, reforçando o diálogo e valorizando os esforços dela, e não apenas os resultados. Isso fortalecerá a confiança, a autoestima e a conexão entre vocês.

• Maioria de respostas B:

Você demonstra equilíbrio entre carinho e limites, reconhecendo as necessidades da criança com regras claras e apoio adequado. Essa abordagem favorece a autonomia, a responsabilidade e uma relação próxima. Continue criando oportunidades para que a criança enfrente desafios, valorizando suas conquistas, mas também seu empenho e dedicação.

• Maioria de respostas C:

Sua abordagem tende a ser permissiva, com a intenção de evitar conflitos, dando liberdade sem limites claros. Isso pode gerar insegurança e dificuldade para lidar com frustrações no futuro. Sugiro estabelecer regras de forma amorosa e consistente, pois amor e limites andam juntos para um desenvolvimento saudável.