EMOÇÃO E RECONHECIMENTO MARCARAM A NOITE DE ENTREGA DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRÊMIO ANA MARIA PRIMAVESI, REALIZADA NO THEATRO TREZE DE MAIO. A PREMIAÇÃO HOMENAGEOU DEZ MULHERES QUE SE DESTACARAM POR SEU IMPACTO SIGNIFICATIVO NA SOCIEDADE ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA NAS ÁREAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO.

Nesta iniciativa, as candidatas foram indicadas pelos centros de ensino e pelas administrações da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Franciscana (UFN). As dez vencedoras foram eleitas por um grupo de 14 jornalistas, que são referência em Santa Maria. Na etapa seguinte, as escolhas foram referendadas por 17 mulheres apoiadoras. Além disso, uma estudante de Ensino Médio
também foi premiada.

A ideia do prêmio partiu da diretora de Jornalismo do Grupo Diário, Fabiana Sparremberger.
– Conhecemos empresas, instituições de ensino e entidades em todo o país que homenageiam mulheres da ciência, mas não encontramos uma cidade que protagonize esse reconhecimento tão necessário para evoluirmos em nossas conquistas. Santa Maria é pioneira nesta justa e merecida valorização. Hoje, podemos dizer com orgulho que o Prêmio Ana Primavesi é uma construção coletiva de muitas mulheres
que fazem a diferença para a comunidade – afirmou Fabiana.

Ana Maria Primavesi, pesquisadora austríaca que dá nome à premiação, foi professora da UFSM e é mundialmente reconhecida como a Mãe da Agroecologia. Seus estudos transformaram realidades por meio de uma vida dedicada à agricultura sustentável e inclusiva.

Durante a entrega do prêmio, as homenageadas Ana Paula Rovedder, Andrea Schwertner Charão, Dirce Stein Backes, Kalinca Léia Becker, Luciane Neves, Maria Rita Py Dutra, Marília Kipper, Nara Martini Bigolin, Priscila de Arruda Trindade e Solange Binotto Fagan subiram ao palco do Theatro e receberam troféus e certificados.

Ao longo do mês de julho, as trajetórias das premiadas foram amplamente divulgadas para que a comunidade conhecesse seus trabalhos e como eles impactam o desenvolvimento de Santa Maria e região.
– Se algumas eram ainda pouco conhecidas do grande público, hoje todas são reconhecidas por suas contribuições e muito orgulham nossa comunidade ao transformar tantas vidas e realidades – comemorou Fabiana.

Martha Adaime, vice-reitora da UFSM, destacou que dados das plataformas Capes e CNPQ mostram que o percentual de pesquisadores homens permanece em 70%, enquanto o de mulheres é de 30%. Mesmo com 58% das mulheres no mestrado e doutorado, essa diferença persiste.
– A brilhante ideia de dar visibilidade às pesquisadoras que produziram trabalhos de impacto em Santa Maria nos últimos três anos é, sem dúvida, um enorme incentivo, tanto para as pesquisadoras reconhecidas nacional e internacionalmente, mas muitas vezes invisíveis em Santa Maria, quanto para as aspirantes à carreira científica. Desejo vida longa ao Prêmio Ana Primavesi. O evento foi emocionante, glamouroso e extremamente bem planejado e organizado. O brilho de todas as premiadas espalhou muita luz nas dependências do nosso teatro – afirmou a vice-reitora.

 
A reitora da Universidade Franciscana (UFN), irmã Iraní Rupolo, destacou que serão necessárias várias gerações para superar as deficiências e dificuldades culturais, e que o Prêmio pode se tornar um vetor dessa transformação.
– Oxalá a valorização da mulher na ciência não seja apenas por valorização em si, mas pelo impacto, pelo significado, pela importância, pela repercussão. Por aquilo que somos. Mulheres na educação, na tecnologia, em quaisquer áreas da ciência. Oxalá que esse tempo de mudança cultural se abrevie – disse a reitora.

Fabiana Sparremberger, Paulo Ceccim e Vanessa Rizzi
Marília Kipper e Nara Martini Bigolin
Priscila de Arruda Trindade e Solange Binotto Fagan
Paola Beltrami e Carina Stefanello
Dirce Stein Backes e Luciane Neves
Regina Biacchi Emanuelli, Maria Rita Py Dutra e Ruth Péreyron
Andrea Schwertner Charão e Kalinca Léia Becker
Betina Camargo e Milena Gonçalves
Irmã Irani e Martha Adaime
Grazi Lopes, Juline Korb e Maristela Moura
Dieniffer Portela e Ariane de Lima